O que é Terapia do Esquema? (E por que eu escolhi essa abordagem?)
A Terapia do Esquema (TE) é uma abordagem avançada dentro da Terapia Cognitivo Comportamental. Ela foi elaborada por Jeffrey Young em meados de 1980 para tratar dificuldades emocionais para as quais o modelo clássico da TCC se mostrava limitado, os transtornos de personalidade, situações na clínica em que os pacientes entendiam e acreditavam no que o terapeuta estava falando, mas SENTIAM diferente. O trabalho da TE com esses pacientes deu tão certo que ela foi ampliada para tratar outros problemas, tanto de indivíduos quanto de casais.
São muitas as razões pelas quais eu amo a TE. Aqui vão algumas delas:
1. Ela é uma psicoterapia INTEGRATIVA. Ou seja, ela é herdeira de muitas teorias anteriores, mas ela aborda a subjetividade de um jeito único e inovador. As bases da TE são a TCC clássica, o Psicodrama, a Gestalt-terapia, a Teoria do Apego e a Psicanálise. E ela dialoga com as descobertas recentes das neurociências e da psicobiologia, áreas que eu amo.
2. A eficácia da TE é comprovada cientificamente. Ela já foi bem avaliada para o tratamento do transtorno de personalidade bordeline, de uso de substâncias, transtornos alimentares, dificuldades de casais, entre outros problemas crônicos ou agudos. A TE tem sido estudada para os transtornos de personalidade narcisista e antissocial. E vem se mostrando potente para uma série de situações.
3. A TE é uma abordagem recente, fresquinha, em constante atualização. Inclusive, seu criador segue na ativa! E hoje em dia tem uma comunidade de pesquisadores aprimorando a TE.
4. A TE foca bastante na infância, que é o período no qual os nossos esquemas iniciais desadaptativos se originam, então ela vai na fundação da nossa personalidade. A TE elucida os esquemas e modos esquemáticos do indivíduo e como eles se desdobram em emoções e comportamentos no presente. E mais, ela contribui com orientação para os cuidadores do que são e como atender as necessidades emocionais básicas das crianças, contribuindo para prevenção e promoção da saúde mental.
5. A relação terapêutica é muito usada como veículo de mudança na TE, ou seja, o vínculo entre o paciente e o terapeuta é um ponto chave. Na TE o terapeuta precisa estar genuinamente conectado com o paciente. Como terapeuta, a TE me permite ser mais espontânea e até usar autorrevelação ou bom humor quando isso trouxer benefício pro paciente.
6. A TE trabalha muito com o componente afetivo e com conteúdos de difícil acesso, sobre os quais muitas vezes é difícil traduzir em palavras.
7. A TE traz uma visão positiva sobre a possibilidade de melhora clínica, ou seja, com a TE muitas situações que tinham prognóstico ruim passaram a ter muito mais possibilidade de melhora.
Linda, não é mesmo?
